
O farol interrompe a luz da memória incandescente da tua maré. Apaga a forma pensada antes por ti. Acende o espelho em mim e resplandece vegetal o reflexo de ti. Ofusca o olhar desta manhã tépida de Outono. Acorda o dia desta manhã de cera rompendo a base da tua janela. Olhas. Para fora. O farol ronda em torno da barra. Aquece os veios de uma nobreza vegetal tremeluzente no espelho de água. Tremes. De vergonha. Devias estar ali. No topo do farol a olhar lá para baixo. Mas estás aqui. A olhar debaixo para ele...
Sem comentários:
Enviar um comentário